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Mostrando postagens de 2010

Por quê? (216) Preciso me animar

Cláudio Amaral O que você faz, caro e-leitor, quando precisa se animar? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa renovar suas forças? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa erguer seu moral? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa descobrir novos caminhos? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa encontrar um novo trabalho? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa encontrar um novo emprego (se é que é isso que você está a precisar)? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa mudar de casa e ou a rua e ou do bairro em que mora? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa trocar de carro? O que você faz, caro e-leitor, quando está sem dinheiro? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa de novos amigos? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa renovar os seus amigos? O que você faz, caro e-leitor, quando não consegue sequer olhar para os seus livros? O que você faz, caro e-leitor, quando precisa renovar o seu prazer pela leitura de jornais e ou re

Por quê? (215) O lixo que incomoda

Cláudio Amaral Andando a pé pela Capital Paulista, no início desta tarde de segunda-feira (1/11/2010), ao lado do meu genro, o primeiro e único, comentei com ele: “O lixo desta cidade me incomoda”. Pela reação dele – ou seja, nenhuma – nada o sensibilizou. Estávamos subindo às margens da linha verde do Metrô, no sentido Imigrantes-Alto do Ipiranga. Vínhamos da loja da SP-Japan, uma concessionária Honda que fica no lado direito do Riacho do Ipiranga, rumo ao litoral paulista. Tínhamos ido até lá para levar para revisão o automóvel de minha filha, mãe da Beatriz e do Murilo. E como meu genro reação nenhuma teve com minha observação a respeito do lixo que tanto incômodo me causa, continuei a pensar no assunto. Repassei de memória os oito meses que vivi em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, entre agosto de 2004 e março de 2005, quando o prefeito era o italiano que hoje governa do Estado, de nome André Puccinelli (PMDB). Fiz o mesmo em relação a Franca (SP), onde morei e trabalhei

Por quê? (214) O futuro do Planeta

Cláudio Amaral Há mais de 60 anos, quando nasci, essa história de futuro do Planeta era coisa sem importância. Ou melhor: praticamente sem importância. Hoje, em pleno século 21, esse é o assunto mais importante do momento. Pois bem: esta semana, na fila do caixa do Pão de Açúcar da loja da Rua Domingos de Moraes, quase esquina com o Largo Ana Rosa, presenciei uma brava discussão a respeito. O assunto? Exatamente este, ou seja: o futuro do Planeta. E cada um tinha um caso para contar. A moça do caixa falou que as duas sobrinhas só queriam saber qual é o Planeta que elas vão herdar. Minha mulher contou que Beatriz, filha de Cláudia e Marcio Gouvêa, vive dizendo que é inadmissível (embora ela nunca tenha usado exatamente esta palavra) jogar papel higiênico no vaso sanitário, por exemplo. Eu também entrei na conversa para falar que Marcela (ou seria a Mariana?), uma das filhas dos meus amigos Mario Evangelista e Mônica Ribeiro, é a maior fiscal do meio ambiente em matéria de economia de ág

Por quê? (213) O prazer de usar gravata

Cláudio Amaral Você conhece alguém que tem prazer de usar gravata? Gravata, camisa (branca, de preferência), um terno bem cortado e costurado, um par de meias e outro de sapatos? Pergunto porque – sempre que pude – trabalhei assim. E hoje, voltando da padaria Recanto Doce, aqui do bairro da Aclimação, na zona sul de São Paulo, onde moro, meu olhar foi atraído por um senhor da minha idade (algo em torno de 60 anos). Ele caminhava em sentido contrário ao meu, na Rua Paula Ney, logo após a feira de terça-feira frequentada por Sueli, minha mulher. E com isso me fez lembrar dos meus bons tempos de terno e gravata, mais camisa branca, meias e sapatos pretos (ou marrom, sabe-se lá). Gostava tanto de usar gravata que até quando não era obrigado eu usava. Na minha primeira apresentação pública, em Bastos, no Interior paulista, por exemplo, quando me coloquei a defender uma tese perante os olhares de centenas de olhinhos puxados de seguidores da Seicho-No-Iê. A gravata era fininha, de duas tiras

Por quê? (212) Minha diferença

Cláudio Amaral O acesso à garagem existente na Rua Gregório Serrão, 51, aqui na Aclimação, tem sido minha diferença desde o dia 17 de dezembro de 2009. Foi naquele dia que Sueli e eu nos vimos obrigados a deixar o apartamento 71 do edifício de número 555 da Avenida Dr. Epitácio Pessoa, junto ao canal 6, em Santos. Hoje (15 de setembro de 2010), por exemplo, fiquei três horas sem ter como sair da garagem de casa, que fica exatamente na Rua Gregório Serrão, 51. O motivo foi a desatenção (ou algo parecido) de um motorista de um Kadet de cor preta. O motorista colocou seu veículo a obstruir quase um metro da porta de entrada da garagem do meu Honda Fit vermelho (como uma Ferrari). Abri a porta de minha residência, liguei a televisão e ali fiquei à espera dele, o motorista. Mais de uma hora depois – e contrariando meus princípios – estampei um aviso no para-brisa do automóvel dele. Almocei na sala, com o prato nas mãos – também contrariando meus costumes. E nada. Logo após o almoço, o motor

Por quê? (211) Silêncio mortal (2)

Cláudio Amaral Jamais um texto meu causou tanta polêmica como o anterior, intitulado “Silêncio mortal”. Nele eu contava três casos e me referia às mortes de um Amigo residente em Curitiba e de um colega morador em São Paulo. Relatava, também, que está doente uma vizinha aqui da Aclimação, na Capital paulista, que prefere o anonimato. Referia-me, sobretudo, à reportagem de capa da revista Veja da última semana de abril de 2010, cujo título é “Ajuda para morrer”. Escrevi sobre o chocante texto de Adriana Dias Lopes, que entrevistou médicos e pacientes. E terminei com o seguinte parágrafo: “Cada vez mais eu concordo com os médicos que agem assim, ainda que eu não me sinta encorajado a me isolar, mesmo sabendo que esteja condenado a conviver com uma doença incurável”. Foi o suficiente para que no mesmo dia eu recebesse telefonemas de amigos e conhecidos me perguntando: qual é a “doença incurável” que me afeta? Nenhuma! Felizmente, nenhuma! Pelo menos que eu saiba.

Por quê? (210) Silêncio mortal

Cláudio Amaral Meu Amigo Creso Moraes, residente em Curitiba, sumiu por meses e só no dia da morte dele é que fiquei sabendo que passava os dias dizendo que a vida não tinha mais sentido. Antônio De Salvo, morador em São Paulo e outro cidadão do meu relacionamento, que nos deixou no mesmo ano (2008), havia ficado recluso por meses e não queria visitas. Uma vizinha nossa aqui na Aclimação, em São Paulo, cujo nome eu omito porque sei que ela assim prefere, também está vivendo só por opção. Esses são apenas três de muitos casos que conheço de gente que se isola na doença. Em geral porque estão em estado terminal, ou seja, com os dias contados, ainda que não saibamos quantos dias a pessoa continuará vivendo. Ainda em 2008 fui buscar explicações para isso e alguém me disse que as pessoas são assim mesmo: isolam-se para que outros não tomem conhecimento dos seus sofrimentos. Na última semana de abril de 2010 a Editora Abril fez capa da revista Veja com o tema “Ajuda para morrer”. Dizia, tamb

Por quê? (209) Dia da Bíblia

Cláudio Amaral Domingo, 26º do Tempo Comum, Dia Nacional da Bíblia. Tive uma boa noite, mas Sueli, minha companheira desde 15/7/1969 e com quem estou casado desde 5/9/1971, me veio com uma proposta rara. Inédita, não. Mas rara: - Vamos à missa das 11 ? “Sim, vamos”, respondi de imediato. Explicando: desde que voltamos de Santos, na segunda quinzena de dezembro de 2009, temos frequentado a Celebração da Missa da capelinha dos Padres Xaverianos, aqui mesmo na Rua Gregório Serrão, entre as ruas Machado de Assis e a Joaquim Távora, na Aclimação. Vez por outra, vamos à missa do Convento das Irmãs da Visitação, na Rua Dona Ignácia Uchoa, na Vila Mariana. Raramente, desde então, frequentamos a Paróquia de Santa Rita de Cássia, na mesma Rua Dona Ignácia Uchoa, onde temos ido desde que mudamos para a Rua Machado de Assis, 165, aqui na Aclimação, há mais de 30 anos. Neste domingo, entretanto, fomos até lá. Como fomos no dia 17/9/2010, uma sexta-feira, por ocasião da Missa de 7º Dia em intenção d

Por quê? (208) Adeus, Padre Gaspar

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Cláudio Amaral   A ultima vez que me encontrei com ele foi justamente na esquina das ruas Carlos Petit com Vergueiro, ao pé da famosa caixa d’água, na Vila Mariana.  Eu estava visitando um colega corretor de imóveis e ele passava pelo local, que era o plantão de vendas do Edifício UP e hoje funciona a pleno vapor. Na época, Padre Gaspar Blanco Ramos estava numa espécie de exilo em Ponta Grossa, no Paraná.  Não estava satisfeito, com certeza.  Ou já estava afetado pela doença?  Deveria estar doente, porque na missa de 7º dia de ontem (17/9/2010), desde o púlpito da Paróquia de Santa Rita de Cássia, o atual pároco, Padre Miguel Lucas, disse que Padre Gaspar carregou a cruz da doença por dois anos.  Ambos, segundo Padre Lucas, moraram juntos por 33 anos.  Coincidência ou não, essa foi exatamente a idade de Cristo.  Aos olhos do seu rebanho, Padre Gaspar não era dos mais simpáticos.  Mas, os depoimentos que se seguiram após a celebração da missa de sexta-feira, levaram muita gente às lágr

Por quê? (207) Choques e mortes

Cláudio Amaral A sequência de choques de trens contra veículos automotores do início de setembro de 2010 me fez voltar aos tempos de infância. Eu morava na pequena mas aconchegante cidade de Adamantina, há cerca de 600 quilômetros da Capital paulista, onde hoje vivo há 40 anos. Era feliz e sabia, ao contrário do que dizem por aí há muitos anos. Sabia mas queria mais. E lá pelos lados de Adamantina corriam histórias chocantes a respeito de uma passagem de nível existente entre aquela e a cidade de Lucélia. Lucélia e a Adamantina eram ligadas (ou melhor seria dizer separadas?) por uma estrada de terra de 7 quilômetros de extensão. Eu, particularmente, nunca fui a pé de uma cidade a outra, mas quem foi me contou que a terra (ou seria areia?) era quente, tanto durante o dia quanto à noite. Mais de dia do que de noite. Bem, mas o fato é que o povo comentava lá pelos lados de Adamantina e Lucélia que muitos anos antes do meu nascimento, que se deu a 3 de dezembro de 1949, uma composição férr

Por quê? (206) Fim de semana especial

Cláudio Amaral Foi, sem dúvida, um fim de semana especial. Um fim de semana que começou na sexta-feira, 3/9/2010, quando encerrei uma sequência de quatro dias de trabalho intenso, corridos, sem folga nem descanso. Um fim de semana que só terminou na manhã desta segunda-feira, 6/9/2010. Na sexta-feira à noite, desliguei o computador e tirei folga (dele, do trabalho, do Twitter, do correio eletrônico... de tudo). Peguei o carro, um Honda Fit de cor vermelha como uma Ferrari, e fui buscar Sueli e Dona Cidinha na casa da minha filha, no Alto do Ipiranga. Pensei em convidar as duas, Sueli e Dona Cidinha, para uma pizza especial, mas “a melhor sogra do mundo” se disse cansada da viagem entre Santos e São Paulo e me pediu para deixá-la no prédio da outra filha, aqui mesmo na Aclimação. De lá, Sueli e eu nos arriscamos a algo especial: visitar – de surpresa – a pequena Sofia e os pais Marcello Vitorino e Nilva Bianco. Fomos e nos demos muito bem, porque elas (já que Marcello estava dando aula

Por quê? (205) Visita especial a Santos

Cláudio Amaral Falar – ou melhor, escrever – que fiz uma visita especial a Santos é redundância. Por quê? Porque desta vez a visita foi realmente especial. Ou mais do que isso, acredite, caro e-leitor. Foi, sem dúvida, a mais marcante de todas as visitas que fiz – ou melhor, fizemos, Sueli e eu – às terras descobertas por Martins Afonso de Souza, depois que de lá voltamos, em meados de dezembro de 2009. Para começar, era um dia especial porque o Santos FC jogaria à noite em Salvador (embora eu seja torcedor do Corinthians e jamais me passou pela cabeça trocar de time). O time de Pelé iria disputar o jogo final da Copa do Brasil no Barradão contra o Vitória (e disputou, perdeu, mas acabou campeão, porque havia vencido por 2 a 0 na Vila Belmiro, em Santos). Para prosseguir, fui ter com meu compadre Carlos Conde na residência dele, a alguns passos da “Vila mais famosa do mundo”. Lá, a mulher dele, Maria Cristina Gomes Saliba, a querida Cris, me deu uma grande notícia e um privilégio: paro

Por quê? (204) O Repórter

Cláudio Amaral Aproveitei as férias de julho e o friozinho do Outono aqui no Hemisfério Sul para colocar parte da minha leitura em dia. Entre os muitos livros que me passaram pelas mãos esteve “A Vida de um Jornal”. Esta obra faz parte da minha coleção de publicações especializadas em Jornalismo e foi escrita nos Estados Unidos por Alvin Silverman, então “Chefe do Escritório de Washington do Plain Dealer, de Cleveland, um dos mais influentes diários da América”. A primeira edição brasileira saiu aqui em junho de 1965 pela Editôra (era assim que se escrevia na época, com acento circunflexo) Lidador, cuja matriz estava sediada no Rio de Janeiro. Em meio às perguntas que você pode vir a me fazer, imaginei: - Por que ler uma obra cujo título é “A Vida de um Jornal”? - Por que ler um livro publicado há 45 anos? - Por que “perder tempo” com uma publicação vinda dos Estados Unidos? - Por que, enfim, dedicar tempo precioso a saber detalhes a respeito do “Jornal Moderno” que está totalmente sup

Por quê? (203) Boa vontade

Cláudio Amaral “Pequena Cinderela” nem sempre teve boa vontade para a ir à escola, mas hoje foi demais. Vovó ligou do caminho, antes de cruzar a Avenida Lins de Vasconcelos, rumo ao Metrô Alto do Ipiranga, e – acredite se quiser – ela atendeu com visível boa vontade. Disse que já estava pronta. Estava vestida, penteada... só não falou que estava descalça e sem agasalho. Omitiu também que faltava escovar os dentes... mas tudo isso era detalhe de somenos (palavra que ela ainda desconhece, mas que está no meio da segunda coluna da página 1196 do Dicionário Escola da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras e Companhia Editora Nacional em 2008). A boa vontade era tanta, mas tanta, que ela até perguntou do “titio-padrinho”. E deu gargalhada diante da resposta da vovó. Quando, entretanto, vovó e vovô chegaram ao apê em que ela mora com papai, mamãe e irmãozinho, ao invés de pular do sofá de uma só vez e correr para apertar o botão do elevador, como ele gosta de fazer, a

Por quê? (202) Afonso Dias

Cláudio Amaral Certa vez, e lá se vão muitos anos, Sueli e eu estávamos hospedados na confortável residência de Anita e Luiz Augusto Michelazzo, em Ribeirão Preto (SP). Confortável e ampla, a residência deles, que na época ficava ao lado da Cava do Bosque, praticamente no centro de “Rébis”, como eles chamam Ribeirão Preto. Papo vai, papo vem, eu com ele e elas entre elas, eu disse a ele: - Sempre que venho a Ribeirão Preto vou visitar meu Amigo Afonso Dias . Na sequência, Mic retrucou: - Dessa vez, só se você conseguir alcançá-lo num outro plano . Fiquei branco, com certeza. Desconhecia por completo a passagem de Afonso Dias deste mundo para um outro, que, dizem, é bem melhor (e, ainda que seja, eu ainda prefiro este em que estamos). Afonso Dias, para quem não conheceu, era jornalista e funcionário público. Como jornalista, trabalhou em incontáveis revistas, diários e semanários. Como funcionário público, dava expediente na Dira, a Divisão Regional Agrícola de Ribeirão Preto, subordina

Por quê? (201) Parque da Aclimação

Cláudio Amaral Sempre tive identificação pessoal e próxima com os nossos parques públicos. Sempre. Se me lembro bem, as praias de Santos foram as únicas que me distanciaram dos nossos parques. Em Adamantina, cidade onde nasci, na falta de parques, eu procurava as praças públicas. Especialmente a praça onde hoje (8/6/2010) funciona a Secretaria de Cultura e a Biblioteca Municipal. Ainda em Adamantina, eu frequentava sempre a praça que fica em frente à estação ferroviária. Até porque era lá que eu ia para encomendar as transmissões das minhas primeiras notícias para a Rádio Bandeirantes de São Paulo. Em Marília, em Campinas, em São Paulo, em Campo Grande e em Franca, cidades onde vivi e trabalhei nos últimos 60 anos, 7 meses e cinco dias, sempre procurei conhecer e frequentar os nossos parques públicos. As praças também. Lembro-me bem dos parques e praças de Brasília, Curitiba, Porto Alegre..., que frequentei quase todas as vezes que lá estive. Aqui em São Paulo o primeiro parque que con

Por quê? (200) Ave, Conde!

Cláudio Amaral Se entre nós estivesse, o Mestre Juarez Bahia (nascido em Cachoeira, na Bahia, a 18 de Novembro de 1930, e falecido no Rio de Janeiro, em Janeiro de 1998) certamente estaria a aplaudir de pé e, de preferência, no segundo piso do prédio d’A Tribuna, na Rua João Pessoa, 129, em Santos. Mas, como ele nos deixou há mais de dez anos, alguém tem que aplaudir por ele a seu fiel seguidor e inseparável amigo Carlos Conde. Humildemente, como sempre foi do meu feitio, faço questão de ser esse alguém. O motivo? Pouco mais de dez meses após assumir o mais alto e importante cargo existente na Redação d’A Tribuna, o atual Editor-Chefe anuncia a recriação do extinto segundo posto de Editor-Executivo do jornal e o terceiro existente no organograma de A Tribuna de Santos Jornal e Editora Ltda. A criação desse posto, é importante relembrar, se deu na virada de Setembro para Outubro de 2008, quando da posse no cargo de Editor-Chefe do antecessor de Carlos Conde, meu também Amig

Por quê? (199) 16 de junho

Cláudio Amaral Perdi o sono nesta noite, de 15 para 16 de junho de 2010. E não foi por conta da sofrível apresentação do Brasil frente à Coréia do Norte, ontem, no primeiro jogo do nosso selecionado na Copa do Mundo da África do Sul. Nem porque estamos no 167º dia do ano e só nos restam 198 dias para o fim do ano. Muito menos porque o Estádio Jornalista Mário Filho, o famoso Maracanã, no Rio de Janeiro, estava comemorando 60 anos, construído que foi para a Copa do Mundo de 1950 de triste lembrança. Também não foi porque me lembrei – embora tenha me lembrado – do Levante de Soweto, ocorrido em 1976 e registrado na Wikipédia como “um dos mais sangrentos episódios de rebelião negra desde o início da década de 60, desencadeado pela repressão policial à passeata de 10 mil estudantes, que protestavam contra a inferioridade das ‘escolas negras’ na África do Sul”. O palmeirense Edson Rossi, meu Amigo, jornalista como eu e companheiro de mestrado em 2003, em São Paulo, pela Universidade de Nava

Por quê? (198) Rejeição ou ciúme?

Cláudio Amaral Minha netinha está a me dar sinais de rejeição. A mim, especificamente. Porque a vovó ela idolatra, faz reverências, dá inegáveis sinais de apreço, de carinho, de amor. Mas não é isso que me desagrada. Pelo contrário. Quanto mais ela amar minha mulher, mais feliz eu ficarei. Afinal, isso é demonstração de reconhecimento por tudo que a vovó fez e faz por ela. Fez, faz e fará, certamente. Reconhecimento que também espero que ela tenha do “pequeno príncipe”, nascido a 6 de janeiro de 2010. O que me desagrada, me contraria, me aborrece... é a possível rejeição da “Bebê”. Até porque ela sempre foi carinhosa para comigo. Sempre me tratou com o maior carinho. Ela sempre me dispensou atenção e... amor (?). Não. Eu não diria amor, não. Mesmo porque eu e minha mulher temos conversado esporadicamente a respeito de amor e concluído que ela, a “Bebê”, ainda não deve ter noção de amor. Embora ela esteja às vésperas de completar 3 anos de idade, no dia dos namorados (12/6/2010). A prop

Por quê? (197) Ser avô

Cláudio Amaral No segundo semestre de 2008, ávido por aperfeiçoar cada vez mais meu desempenho profissional, pedi que um Amigo analisasse o meu rendimento. E ele não teve dúvida: disse exatamente aquilo que eu jamais havia percebido. - Você fala demais de sua netinha. Quarta-feira passada, dia 19/5/2010, em Santos, um outro grande Amigo, me observou: - Ser avô deve ser muito bom. Hoje, 22/5/2010, assistindo a uma entrevista do repórter Ednei Silvestre com Lya Luft, ouvi a escritora do Rio Grande do Sul falar com orgulho indisfarçável dos sete netos que os três filhos lhe deram. Confesso que a observação do Amigo de 2008 teve impacto imediato. Tanto que diminui imediatamente minhas referências à netinha querida, que eu sempre chamei de Be(bê)atriz. Na frente do Amigo em questão, pelo menos, eu me controlei o mais que pude. Mas o controle não foi tão rigoroso, assim, admito. Até porque, se tivesse sido, meu Amigo de Santos não teria sido levado a fazer a observação que fez e que repito a

Por quê? (196) Dúvida cruel

Cláudio Amaral Sempre disse não ter medo da morte. Sempre. Mas... será que falo a verdade... ou falo apenas da boca pra fora? Essa dúvida cruel me perseguiu quase que a semana toda, neste final de março e começo de abril de 2010. Nos primeiros dias, porque tive que tomar contato com relatos a respeito de problemas sérios em relação à saúde. Li, por exemplo, o relato de um cidadão que havia sido informado por um médico que estava com um tipo inédito de câncer. Fiquei abalado, deprimido, arrasado. E pensei: “ Será que eu teria forças para reagir como ele, enfrentar a doença e buscar a cura como ele fez? ” No dia seguinte, outro baque: a notícia da morte do jornalista Engel Paschoal, com quem convivemos, Sueli e eu, por longos anos. Fiquei novamente abalado, deprimido, arrasado. E, tomando como exemplo o caso do cidadão que havia descoberto ser portador de câncer raro, procurei não me entregar. Pelo contrário: tomei coragem, dei um tempo no texto que estava a fazer e fui até o velório da

Por quê? (195) Bravos sanitaristas

Cláudio Amaral Desde dezembro de 2009, quando Sueli e eu voltamos a viver na nossa residência da Aclimação, em São Paulo, tenho ficado de olhos bem abertos sobre os caminhões que recolhem lixo aqui na nossa rua. Para isso, tenho visão privilegiada a partir da janela do nosso escritório, no piso superior do sobrado que ocupamos desde 1980. E por vezes fiquei impressionado com a eficiência (ou seria eficácia?) dos coletores de lixo, mais conhecidos como lixeiros. A propósito: nos Estados Unidos os lixeiros não admitem essa classificação profissional; exigem serem chamados de “sanitaristas”. Mais do que lixeiros, os nossos coletores são, verdadeiramente, sanitaristas. Afinal, não houve um dia sequer, desde meados de dezembro, que eles tenham feito o serviço porco que nós conhecíamos quando aqui vivíamos, ou seja, antes d’eu ser convidado a trabalhar na Redação d’A Tribuna, em Santos, como Editor-Executivo. Antes, era comum os coletores – verdadeiros lixeiros – recolherem o lixo por cima e

Por quê? (194) Ao vivo?

Cláudio Amaral Fiquei surpreso com a presença de Ana Maria Braga no Pacaembu, quarta-feira, dia 24/2/2010, durante a estreia do meu Corinthians na edição deste ano de centenário na Taça Liberta(minhas)dores. Ela sempre se declarou palmeirense e por conta disso tem rivalizado com o principal parceiro do programa Mais você , nas manhãs de segunda a sexta-feira, na Rede Globo de Televisão. Afinal, Louro José, o parceiro, é conrintianíssimo, apesar de ser uma imitação de papagaio e que, pelo fato de a ave original ser verde, seja mais representativa do Palmeiras. O jogo Corinthians 2 X Racing do Uruguai 1 terminou à meia-noite, na virada de quarta para quinta-feira. Por conta disso, pensei, no ato: “Como a Ana Maria vai fazer o programa da manhã de quinta-feira, ao vivo, a partir das 8h15 da madrugada?” Solitário, imaginei: “A não ser que o programa esteja previamente gravado”. Pelo sim, pelo não, fiz questão de levantar cedo, assistir a parte final do Bom Dia , o Radar SP (apesar da ausê

Por quê? (193) O Twitter e a minha produção literária

Cláudio Amaral Mário Evangelista, o “Gatão”, exímio cozinheiro e competente Editor-Executivo do Expresso Popular de Santos, rebate de frente minha crônica anterior: Produção literária em baixa, postada no dia 20/2/2010. - Claudião, querido. Não, não creio que sua adesão no twitter tenha derrubado sua produção literária. Tenho visto seus textos no microblog como isso mesmo: microcontos, microcrônicas. Se somar todos eles – tenho certeza – verá que produziu um texto literário partido em pequenas peças, formando um mosaico maravilhoso. Beijos. Se eu não conhecesse o marido de Mônica como conheço, fruto do relacionamento que temos desde que ele trabalhava no Correio Popular de Campinas, onde ela também trabalhou, me recusaria a tornar pública a mensagem que ele me mandou às 19h34 de domingo (21/2/2010). “Gatão” é jornalista, culto, criativo, mas, antes de tudo, um típico “italiano”, ou seja, quando ele gosta de alguém, gosta mesmo, por completo. Mas, também, quando tem restrições, pessoais

Por quê? (192) Produção literária em baixa

Cláudio Amaral Relutei muito a aderir ao Twitter e agora fico a imaginar a razão. Certeza absoluta eu ainda não tenho, mas tudo indica que minha adesão ao Twitter afetou diretamente minha produção literária. Em tempo: se é, claro, que podemos chamar de produção literária todos os textos que tenho publicado aqui e em outros meios de comunicação. O certo é que minha chamada produção literária caiu quase a zero. Se não vejamos: em 2008, produzi e publiquei 140 textos, além de reeditar um livro que chamei de Meus escritos de memória . Em 2009, foram apenas 51 textos, quase um terço da produção do ano anterior. As razões são, basicamente, duas: porque até 17 de junho estive dedicado de corpo e alma à Redação de A Tribuna de Santos e depois – em setembro, outubro, novembro e dezembro – porque entrei de cabeça na pesquisa da vida e obra do empresário português João Antunes dos Santos, cuja biografia será escrita pelo meu compadre e Amigo Carlos Conde. Em 2010, quando estamos no 51º dia (31 de

Por quê? (191) Desilusão pessoal

Cláudio Amaral Estou no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Meu relógio de pulso – que Sueli me deu ao voltar da Itália, em fevereiro de 2009 – marca 10h53 do dia 29/1/2010. Entro na loja da Laselva e busco jornais. Vejo a capa do Valor Econômico e depois a da Folha de S. Paulo, que, curioso, pego para ver o nome da mulher que dialoga com o presidente Lula, enquanto a comitiva em torno dele caminha por algo que me parece a pista do mesmo aeroporto. Após ver, uma a uma, as capas de todos os jornais disponíveis e de me deter por instantes n’O Globo, ainda hoje o melhor jornal do Brasil, parto para a bancada de livros. Foi nesse momento que recebi a abordagem de uma loira de cabelos amarrados atrás, tipo rabo de cavalo. Alguns poucos centímetros mais alta do que eu, ela me perguntou: - Você conhece a promoção da loja? E como eu disse que não, ela me passou uma ficha plastificada e acrescentou: - Você escolhe duas revistas que costuma comprar na banca e elas serão entregues em sua residê