Por quê? (284) Em defesa do Parque da Aclimação

O Parque da Aclimação tem 112.000 metros quadrados de área pública



Cláudio Amaral

Só não sou mais bairrista, no bom sentido, que o meu saudoso sogro José Arnaldo. Ele não teve o privilégio de nascer em Marília. Como eu também não tive. Ele nasceu na pequena Avaí, primeira localidade após Bauru. Eu nasci em Adamantina, bem mais no fundo do caminho aberto por conta da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, no início do século. Mas ninguém defendeu mais Marília e o seu povo do que o pai da minha esposa, que ao longo de mais de 40 anos escreveu nas páginas do Correio de Marília.

Baseado no bairrismo de José Arnaldo, que conheço bem por conta da responsabilidade que divido com Sueli Bravos do Amaral na edição quase que diária do blogue http://josearnaldodeantenaebinoculo.blogspot.com.br, aprendi a cultuar os valores da minha Adamantina e também da nossa Aclimação.

Foi por conta disso que desde 1971, quando nos casamos em Marília e viemos, Sueli e eu, morar na Aclimação, que procuramos sempre e cada vez mais acompanhar de perto o dia a dia deste que nós chamamos “O bairro mais agradável de São Paulo”. E também classificamos de “Uma pequena cidade do Interior bem próximo ao centro da maior metrópole do Brasil”.

Daqui fui trabalhar em Campo Grande (MS), em Franca e em Santos, mas sem nunca ter quebrado os nossos laços afetivos e bairristas com a Aclimação.

Desde a Aclimação nós já viajamos o Estado de São Paulo, o Brasil e três continentes do Planeta: América Latina, Europa e América do Norte, sem nunca ter esquecido de Adamantina nem deste nosso bairro.

Escrevo tudo isso para chegar aos nossos dias atuais. Dias em que tive o privilégio de ser convidado pelo jornalista Roberto Casseb para uma animada conversa no escritório dele, junto a Avenida Lins de Vasconcelos, no Cambuci. Dias em que voltei a frequentar uma das melhores e mais ricas áreas verdes da Capital paulista, o Parque da Aclimação.

Com Casseb, que nada tem a ver com o prefeito de São Paulo, falamos muito da necessidade de ampliação do Parque da Aclimação. Ele me observou que o espaço total do nosso Parque está pequeno. Cada vez mais apertado em consequência do aumento da população regional. Por isso, é preciso, segundo o idealizador, fundador e diretor-proprietário do Jornal do Cambuci & Aclimação, com quem concordo, fazer o Parque da Aclimação retomar áreas que lhe foram tomadas ao longo dos anos, desde a sua implantação, em 1939, pela Prefeitura de São Paulo. Áreas que há anos são ocupadas por outras entidades, empresas de economia mista e unidades de ensino.

Quando fui ao encontro com Casseb, na terça-feira (24/4/2012), nem sequer tirei o meu Honda Fit da garagem. Fui caminhando. Fui e voltei caminhando. E, além de ter feito uma boa caminhada, aproveitei para apreciar a pujança e a força do comércio da Aclimação e do Cambuci. Que maravilha ver o progresso desta região, em todos os sentidos, ao longo dos anos.

Nesta quinta-feira (26/4/2012) fiz uma nova caminhada matinal pelo Parque da Aclimação, onde tenho ido de três a quatro vezes por semana. Mais uma vez fui e voltei andando entre minha residência e aquela área verde. E pude comprovar aquilo que salta aos olhos de praticamente todos os usuários do local: precisamos urgentemente de mais espaço. Seja para os encontros entre Amigos, para atividades esportivas, para a recreação das crianças, para as caminhadas, para as turmas que gostam de se exercitar e ou dançar, seja simplesmente para quem prefere apreciar as aves e os peixes que habitam o lago. E também para quem gosta de ir até lá para paquerar (que não é caso de homens sérios como Casseb e eu).

Definitivamente, precisamos ampliar a área ocupada pelo Parque da Aclimação.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.


26/4/2012 14:58:01

Comentários

Cláudio Amaral disse…
Em 26/04/2012 15:28, Roberto Casseb escreveu:

Boa tarde Cláudio, li seu artigo sobre o Parque. Delicioso. Seu texto prende a atenção e quando terminamos a leitura fica um gostinho de quero mais. Fiquei feliz com seu comentário que muito nos ajudará nessa batalha.

Fica com Deus,

Roberto Casseb

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